O câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal do mundo, responsável por cerca de 1,8 milhão de mortes anuais, segundo o Global Cancer Observatory. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em 2025 sejam registrados mais de 32 mil novos casos, sendo 6.500 apenas no Nordeste. Para enfrentar esse cenário, o Agosto Branco reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
A oncologista Clarissa Mathias, referência mundial no tema, explica que o exame de Tomografia Computadorizada de Baixa Dose (TCBD) pode identificar lesões iniciais, aumentando em até 90% as chances de cura. O rastreamento é indicado para fumantes ativos e passivos, além de ex-fumantes entre 50 e 80 anos, mesmo sem sintomas aparentes.
Entre os sinais de alerta que não devem ser ignorados estão tosse persistente, rouquidão, falta de ar e tosse com sangue. A oncologista Larissa Moura destaca que esses sintomas costumam ser confundidos com problemas respiratórios, o que leva ao diagnóstico tardio. Já a médica Hamanda Nery reforça: “quanto antes descoberto, maior a chance de um tratamento menos invasivo e mais eficaz”.
O tabagismo é responsável por até 90% dos casos da doença. O Brasil é referência mundial no controle ao cigarro, reduzindo em 35% o consumo, mas enfrenta um novo desafio: o aumento do uso de cigarros eletrônicos. Segundo estudo do INCA, quem usa vape tem quatro vezes mais chance de migrar para o cigarro convencional.
Além da prevenção, os avanços no tratamento oferecem mais esperança. Cirurgias minimamente invasivas permitem recuperação mais rápida, enquanto a terapia-alvo e a imunoterapia vêm revolucionando a oncologia, com tratamentos personalizados, menos efeitos colaterais e maior sobrevida.
Para os especialistas, a mensagem do Agosto Branco é clara: não fumar, buscar acompanhamento médico e investir no diagnóstico precoce são as principais estratégias para salvar vidas e reduzir o impacto do câncer de pulmão no Brasil.
Informações da Assessoria - Foto/ Imagem de Destaque: Freepik
0 Comentários