O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, celebrado em 28 de maio, vai além da simbologia: é um alerta sobre a urgência de garantir um sistema de saúde mais justo, inclusivo e com políticas públicas efetivas. A data, criada em 1984 por organizações feministas e de direitos humanos, tem como objetivo evidenciar os desafios enfrentados pelas mulheres no acesso à saúde de qualidade e com acolhimento.
Em Pernambuco, a presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional PE, Dra. Ana Beatriz Albuquerque, destaca que o atendimento à saúde feminina precisa ser amplo e respeitar as particularidades de cada paciente. “A saúde da mulher deve ser tratada de forma integral, considerando fatores sociais, hormonais, reprodutivos e emocionais. O diagnóstico precoce e o cuidado contínuo são essenciais para salvar vidas”, afirma.
A mastologista ressalta ainda a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo ela, garantir exames regulares, como a mamografia, além de tratamentos eficazes e suporte emocional, é uma das formas mais concretas de promover a saúde da mulher. “Precisamos de políticas públicas que assegurem esse direito, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade social”, completa.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) reforçam essa urgência: o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, com estimativa de 74 mil novos casos em 2025. O acesso desigual à saúde, especialmente entre mulheres negras, indígenas e periféricas, ainda é um obstáculo a ser enfrentado.
Neste 28 de maio, especialistas reforçam que o enfrentamento das desigualdades de gênero e a promoção da equidade devem ser prioridades na agenda pública. O cuidado humanizado e o respeito às especificidades femininas não podem ser exceção, mas regra. O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher é, acima de tudo, um chamado à ação — pela vida, pelo cuidado e pela dignidade de todas as mulheres brasileiras.
* Com informação da Assessoria e imagem de divulgação/ Racheke
0 Comentários