No Dia das Mães, é importante refletirmos sobre as trajetórias de mulheres que enfrentam desafios diários, especialmente as mães atípicas, aquelas que cuidam de filhos com deficiências ou condições do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essas mulheres, além de desempenharem o papel de mães, se tornam ativistas e empreendedoras, transformando as adversidades em fontes de inspiração e luta.
Cinthia Cardoso, psicopedagoga e empresária, é um exemplo de força. Mãe de Nuno, de 16 anos, diagnosticado com autismo desde cedo, Cinthia revela que não houve "luto" por seu filho, mas uma decisão de buscar avanços e oferecer o melhor cuidado. Sua experiência foi tão transformadora que ela e seu marido viveram no exterior por quase cinco anos, onde criaram a Clínica Nuno Desenvolvimento, uma instituição especializada no atendimento a famílias atípicas. Com unidades em Recife e Carpina, a clínica oferece apoio psicológico, educacional e terapêutico para aqueles que, como Cinthia, enfrentam os desafios do TEA.
Além de empresária, Cinthia é mestre e doutora em educação especial, mas é com a vivência como mãe que ela considera ter sua maior formação. “Ser mãe é desafiador por si só, mas ser mãe atípica é lidar com um mundo que não está preparado para nossos filhos”, explica.
Regina Araújo, técnica de enfermagem de 51 anos, também compartilha uma história de superação. Mãe de Thalís, de 14 anos, diagnosticada com autismo aos seis meses, Regina dedicou-se integralmente ao acompanhamento terapêutico da filha, deixando seus empregos para poder estar mais presente. “A força da mãe vem de Deus. É inexplicável”, diz emocionada. Hoje, Thalís é uma adolescente comunicativa, cheia de talentos, e Regina orgulha-se do percurso que percorreram juntas. “Olho para ela e vejo tudo o que superamos, me sinto uma super-heroína”, revela.
Essas histórias, repletas de amor, luta e superação, são um reflexo do que é ser mãe atípica: um desafio diário, mas também uma fonte inesgotável de coragem e transformação. No Dia das Mães, celebramos não apenas o amor incondicional, mas também a força dessas mulheres extraordinárias que, com suas trajetórias de vida, nos ensinam sobre resiliência, aceitação e a importância de construir um mundo mais inclusivo para todos.
* Com informação da Assessoria e imagem de divulgação/ Clínica Nuno Desenvolvimento
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